quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

LOFT

Tá, vc está com as mãos no queixo, pensativa
Nao sabe o que fazer, na verdade sabe mas nao gostaria de ter que fazer isso
Você continua sendo uma eterna adolescente, que acredita em novelas e romances
A vida já te ensinou tanta coisa e o erro é o que sempre acaba te ganhando

Ja te avisei, nao faça isso. Já te avisei, não mexe com isso
Já te avisei, isto nao existe.
Quantos anos terão que passar pra vc entender que o cenário é daltônico?

E agora aqui, vc pensa, vc lembra, você nao entende
Tudo bem, vai passar como tudo o que vc já passou um dia
E aí quem sabe vc me escuta.

Já disse que você estava regredindo
Já disse que você estava se enfraquecendo
Já disse que você estava voltando a ser o que era antes

E o antes? O que lhe deu em troca?
Nem sequer o receio de nao acreditar vc ganhou?
Nem sequer a desconfiança da palavra plantada vc se alertou

Tudo bem, bola pra frente
a vida anda e trás coisas novas
Este ano vai ser diferente, eu sei
desde que você permita que seja
desque que você nao se limite ao seu coração

Bom ano minha querida amiga
Mesmo assim , eu continuo aqui ao seu lado
Tentando, apenas tentando te manter fora disto tudo

DNA
21/01/2009
19:40 hs

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Paulo Leminski

Este poema é lindo. Mas atualizando a idade, talvez quando eu tiver 100 anos

"quando eu tiver setenta anos
então vai acabar esta minha adolescência

vou largar da vida louca
e terminar minha livre docência

vou fazer o que meu pai quer
começar a vida com passo perfeito

vou fazer o que minha mãe deseja
aproveitar as oportunidades
de virar um pilar da sociedade
e terminar meu curso de direito

então ver tudo em sã consciência
quando acabar esta adolescência"

Paulo Leminsk

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Indiana Jones

To acordada, é claro. Não poderia ser diferente
To acordada, é claro, mas o motivo é diferente

Nos últimos anos as inquietações, o desconforto, o medo e a insegurança
foram combustíveis para minhas reflexões e para o gosto amargo da vida
Existem centenas de textos, é!! Centenas de textos que relatam meus últimos
três anos onde dançaram nesses textos temas sombrios, confusos, inseguros.

Um texto que me marcou muito foi " A casa amarela" que sintetizava tudo o que eu queria. Nele tinha a pureza das minhas vontades e a simplicidade de querer viver uma vida em família.
Nao é um texto feliz, é um texto de quebra de esperança um texto de objetivos não alcançados um texto de desamparo.

Depois deste texto, vieram um turbilhão de emoções, de conhecimento, de sensações e minha
visão sobre mim, sobre seres humanos, sobre religiões e verdades absolutas tomaram
uma dimensão e uma amplitude que jamais poderia imaginar. Foi muito bom esta abertura!

Hoje vendo tudo isso, relendo meus textos vejo que foi tudo fruto de uma
educação castradora e de uma frustração de não constituir família.
Muitos deles foram retratos de pura proteção e um desespero por rejeitar minha essência que é de gostar de ser esse tipo "família"

Quantas vezes neguei, rejeitei esta instituição e preguei as quatros cantos que a verdadeira liberdade era poder ser livre de ter alguém, que agora eu era feliz e finalmente livre porque não tinha compromisso com ninguém. Que bobagem, que assunto mal resolvido, que medo de se relacionar, que fuga de minha essência eram esses momentos que estava vivendo

Agora depois desses últimos anos de fuga eu parei para respirar, e quando respirei encontrei você .
Nao sei como foi direito, em que exato momento vc me fisgou, só sei que meus pensamentos mudaram
Minha fisionomia mudou, meus objetivos voltaram para a minha essência e a casa amarela se apagou.

Nao, nao quero mais aquela casa amarela eu quero uma nova que tenham cômodos da nossa maturidade. Que tenha o quintal da liberdade de estar presa por vontade e tenha a decoração da nossa experiência de permitir nascer um amor.
Quero janelas bem grandes para entrar o sol da alegria e nos embebedarmos dessa harmonia que nos trará com mais força esta nova visão de vida.

Agora... eu continuo do meu jeito Indiana Jones, continuo gostando de adrenalina, continuo gostando de desvendar mistérios, continuo gostando de desafios mas eu nao tenho mais medo e sim tenho ousadia. Não tenha mais medo deste desenho. Não tenho mais medo do passado. Não tenho mais medo da minha essência Não tenho mais medo de me expor e dizer que estou ousadamente gostando de você " meu querido".


DNA
19/01/2009
07:24 am

sábado, 17 de janeiro de 2009

DAD-62 anos



Papai, parece que foi ontem que escrevi sobre os seus 60 anos de dedicação com a família e com a igreja. E hoje já são 62 anos!

Lembro que quando fui escrever o que mais me saltou aos olhos do coração foi sua compreenção comigo. Sr lembra? Eu passava por um momento dolorido e difícil onde eu havia me fechado pra familia pra igreja e pra relacionamentos. O simples fato de pisar em uma igreja já me trazia uma repulsa. Neste momento papai o senhor nao foi um pai padrao , nao....Um pai padrao nao aceitaria o meu novo jeito, meu novo estilo de vida. O senhor foi muito mais que um pai padrao. O senhor soube entender, esperar, me dar carinho mesmo com a distancia que eu empregava a todos. O senhor soube ter compreensão, respeitar a minha dor e apenas com poucas palavas e muias ações me fazer sentir amada e querida

HOje esse momento passou. Hoje consigo fazer planos, pensar em futuro e nao só em viver intensamento o presente. Hoje eu amadureci , cresci, consegui voltar ao meu eixo . HOje papai, depois de tantos ontens eu consigo voltar a sorrir. E tudo foi graças a sua compreensão e a sua dedicação incondicional de nao desistir de mim.

Se hoje eu pudesse fazer uma dissertação sobre como um pai deve se comportar nos momentos de sofrimento de dúvida e medo que seus filhos possam passar, eu me fundamentaria no senhor papai. Obrigada pela tua paciênia, pelo teu carinho pra com sua família e agora também para com o Joao Victor. Obrigada papai por nao desistir nunca de lutar pelos seus filhos. Obrigada por conservar princípios importantes de família e obrigada pelo senhoor estar na minha vida. Mesmo que eu nao fale muito isso, saiba papai, QUE EU TE AMO MUITO.

Obrigada!
DNA
16/01/2009
19:45 hs

sábado, 10 de janeiro de 2009

Dia lindo este

Um dia lindo como outro qualquer
aguarda uma surpresa. Surpresa de abrir o que já estava fechado, surpresa de olhar o que nao devia ser olhado, surpresa de arriscar o que já estava seguro

O tempo, amigo de tantas horas
foi inimigo implacável desta surpresa.
Ele avisou nao abra, nao é pra você, pelo menos nao é pra vc agora.

O ar já estava mais leva e a vida mais equilibrada
pra que novas tormentas, pra que se arriscar
se você já tinha se arriscado muito. Agora era a hora da Bonança nao da Tormenta

Tinha um "gap" mas já estava superado
Agora era a vez de mergulhar num novo mundo
totalmente desconhecido e irritantemente materno

Mas se conselho fosse para se ouvir talvez
chamaria outra coisa, e lá se vai de novo.
Já tinha bastado, nao precisava disto

Pra que exposições, pra que expectativas,
pra que abertura se no final sempre será
o mesmo hino de partida que será tocado

O Pirandello te avisou , vc gosta de adrenalina
Vc gosta de desafios, este é apenas um momento
de reflexão mas logo vc voltará para o circo

Mas vc nao aguentou, vc nao ouviu e como o passado,
como no presente e como será o futuro um
hino está sendo tocado

Irritante este hino, sem cores, sem vida apenas um hino
qualquer pra lembrar que vc luta sempre pra nao gostar
disto e sempre acaba fazendo a mesma coisa.

Agora, basta. Será...? Vc tenta, eu sei.
Nunca olha, nunca procura, passa sempre em branco
Mas o mundo te oferece sempre as mesmas coisas
Como se esse direito de nao ter vc nao PODE TER!

Que coisa chata ..que algema apertada, que conversa de louco
Sei lá, talvez a louca desta história seja sempre vc
que foge sempre,,,,que se esconde sempre mas sempre é
achada por alguém.

Que louco isto!
DNA
10/01/2009
23:40 hs

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Arapuca da vida

Tenho um medo que está crescendo
Nao é mais medo de querer viver
de falar o que acho de agir como quero

Tenho um medo que esta crescendo
ele vem a cada ano que faço
a cada fracasso que coleciono
a cada minuto do sopro do bebe que cresce

Tenho um medo que está crescendo
a cada conta que chega
a cada homem que se aproxima
a cada carro que passa

Tenho um medo que está querendo se alojar
a cada negócio nao fechado
aos projetos nao concretizados
ao esfriamento da vida de artista

Tenho um medo do gigante Golias
que tenta se levantar para me atacar
que se lança para me afrontar
e usa armas que nao sei manejar

Tenho um medo da rotina do dia
De cada fralda suja trocada
de cada remédio comprado
de cada doença que aparece no dia a dia

Tenho um medo que ronda os meus olhos
de ter que voltar a ser o que eu fui um dia
de ter que voltar a escutar os semoes de domingo
de ter que aceitar a escolha feita por outros um dia...

EU TENHO UM MEDO DE NAO AGUENTAR E ME RENDER
AOS CAPRICHOS DA FAMÍLIA.

DNA
07/01/2009
03:10 am

Dedos vermelhos

Criança simples entra na sala
Ela veste uma saia comprida e uma blusa de oncinha
Nao percebe que seu destino está sendo traçado
Pelas pessoas que pedem pra ela brincar de amarelinha

Uma Menina inocênte entra numa igreja
Ela veste uma calça comprida com uma mochila de oncinha
Ela percebe o ritmo tocado pelo moço que compra azeitonas verdes
Ela percebe a letra cantada como doutrina da paroquiazinha

Uma moça cega sobe no púlpito de um altar
Ela veste vestido branco com rosas de purpurina
Nao percebe as bocas dos manequins nos bancos
só consegue escutar a declaração de amor feita de mentirinha

Uma mulher chora numa cama vazia
Ela veste camisola sensual com um colar de lagriminha
Ela escuta o som da Tv traidora
Ela escuta o teclar do computador amante que roubou a sua oncinha

Uma mãe fresca resume seu andar
Ela veste vestido preto com colares de gravetos
Ela escuta o choro do seu rebento que lhe deu forças
Ela escreve sobre as pessoas que lhe tiraram sua blusa de oncinha

Uma criança, uma menina,uma moça,uma mulher, uma mãe
Uma mentira, uma doutrina, uma promessa, uma disilusão
Um mundo, uma ambição,uma maldição, um sofrimento
Uma brincadeira, uma música, um amor, um nascimento
e Um ...uma....algumas.....muitas...
VIDAssssssssss.

DNA
07/01/2009
02:55 am

2008

Talvez esse ano tenha sido o mais difícil até agora
Tive que acertar as contas com minhas escolhas
e pagar pelos "pecados" cometidos.
"( Será que isto existe?)"

Neste ano vivi com a solidão
aprendí que sao resultados de escolhas
feitas consciêntes ou inconsciêntes
"( Tenho dúvidas sobre o poder de escolher ou nao)"

Este ano conheci a sombra da lágrima
conheci a mente nos cômodos
e lembrei do calor dos abraços


Este ano me achei impotente
confusa e dependente e
ser dependente talvez tenha sido a tarefa mais difícil pra mim
" (talvez, dependente monetariamente mas nao intelectualmente, mas estas coisas se confundem muitas vezes)

Este ano tive que escutar mais
tive que me calar e perceber
outras bocas ao meu redor

Este ano enxerguei que talvez nao
existam tantos amigos assim
e que cada um corre atrás do que lhe interessa

Este ano percebi que o mundo gira
independente da sua vontade
que pessoas chegam e outras vao

Este ano conheci a dificuldade
e com ela a impotência de
transformar o problema em solução

Este ano as "frases de efeitos"
perderam seus efeitos e a maquiagem
foi desfeita mostrando os rostos dos humanos

Este ano passou tao rápido
Este ano passou tao devagar
que posso lembrar das noites em claro
das dores de parto e das lagrímas ambíguas

Este ano o coração nao quis achar repouso
este ano ele só sorriu com um nascimento
e se preocupou com o dia seguinte

Este ano foi forte, intenso
Este ano talvez tenha sido o resumo da
minha vida.

este ano foi assim;;;;;
estranho!
" ( como eu....)"

DNA
27/12/2008
01:04 a.m