terça-feira, 18 de março de 2008

Bendito ou maldito. Apenas um escritor

Eu não preciso ser igual a você
Eu não preciso ser igual aos outros
Eu não preciso me enquadrar no seu mundo

Posso apreciá-lo mesmo sendo de mundos diferentes
Posso não concordar e, não por isso, ser motivo de rompimentos
Posso até arriscar ler seu perfil mesmo a distancia de seus pensamentos

Quero aprender e isso não inclui aceitar tudo
Quero crescer mas não sem perceber seu jeito arrogante de ler as pessoas
Quero refletir podendo mudar mas podendo ter diálogos não monólogos

Ser você não desejo pois aprendi a lidar com meu jeito devastador
Escrever o que vc escreve me aguça mas tenho minhas próprias tintas
Estar no mesmo ambiente me alimenta mas sem intimidades

Relacionamentos vulcânicos não me atraí porque meus conflitos já me alimentam
Idéias de aconchegos eternos não vislumbro quero meus momentos de solidão
Caricaturas de maldades não me surpreendem pois já tenho bastante delas

A sua altura é muito maior que a minha
Seu intelecto é mais vasto que o meu
Seu vocabulário mais endurecido que minhas rubricas.

Não tenho suas tragédias mas possuo meus dramas
Não tenho sua psique mas leio seus escritos
Não choco como seu jeito O´neill porque prefiro o jeito Tenesse

Podemos ter momentos de idiossincracias mas isto não separa os melhores
Podemos refletir sobre coisas complexas e isso não nos eleva
Podemos falar sobre futilidade e isso não nos condena.

Enfim, isso, aquilo, poder, querer, não ter : são apenas rascunhos
Rascunho de uma admiração
Rascunhos de um respeito
Rascunho de liberdade
Que tenho ao ler você.

DNA
00:4719

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