sexta-feira, 17 de abril de 2015

Torna-te quem tu és

Torna-te quem tu és

Minha aparência externa é enganadora.
Por baixo, minhas roupas estão úmidas , minha base se mistura na pele.

No espelho, vejo correr sangue de dogmas
Olhar de disciplina acorda a sobrancelha que ressalta
E o amanhã? O que será?

Maos frias com calos se juntam em orações fervorosas.
E a respiração se encontra com a lágrima do amanhã.
E o amanhã?  O que será?

Uma prossisao de manequins iguais lutam de um lado da rua
Contra outra prossisao de manequins também iguais
E o amanhã? O que será?

Em volta dos próprios cordões umbilicais
Regem o coro de luta
Uma luta do nada contra o tudo.
Uma luta do tudo contra nada
E o amanhã? O que será?

Acorda manequim, respira, veja com seus olhos
Desperte sua mente engessada
Acorde seus instintos domados
E o manhã? O que será?

Dispa da sua roupa amarela
Cole seus adesivos escondidos
Respire sua solidão de encontros
E o amanha? O que será?

Olhe sem o risco de julgar
Beije pelo gosto de acontecer
Escute sem o crivo de limpar
E o amanhã o que será?

Escolha não ter verdades
Jogue fora a primeira pele
Aceite a individualidade da solidão
E o manhã o que será?

Será tudo ou nada
Quente ou frio
Alto ou baixo
Certo ou errado

Será uma vida
Uma escolha
Uma reflexão
Uma solidão

Será um humano
Sozinho e único
Desvencilhado do amanhã para viver o hoje!

Daise Amaral
02hs31
18/04/2015




O que você estaria pensando se não tivesse que pensar na conta para pagar, na roupa a

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