quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Enterrem seus príncipes



Princesas...

Enterrem seus príncipes
Eles já são defuntos
De um castelo que caiu.

Bonecas...

Lavem suas roupas
Troquem seus brincos
Vistam um novo sorriso.

Rainhas...

Saiam do trono
Guardem o triste travesseiro
Sepultem suas sandálias

Amantes...

Abram seus olhos
Acordem os pulmões
Liberte o coração

Mulheres...
O Relógio Ainda bate
O sino Ainda toca
O mundo Ainda gira
E a música Ainda toca.

Mulheres, Amantes, Rainhas, Bonecas e Princesas ...

Sepultem seus defuntos.

DNA

08/09/2017
DNA
01h11

Duas garrafas de água



Duas garrafas de água cheia
Sobem a escada de cimento
Não há luz e os degraus
Testemunham uma sentença.

Duas garrafas de água cheias
Lado a lado sobem as escadas
Elas não se misturam
E continuam em duas garrafas.

Duas garrafas de água cheia
Sobem os degraus gelados
Uma garrafa já está destampada
E derrama água pela escada cinzenta

Duas garrafas de água
Sobem todos os degraus
As duas continuam sendo garrafas
Mas  uma garrafa de água
Já não está mais
CHEIA!

DNA
08/09/2017
* isqueiro , insta,esgoto

sábado, 15 de abril de 2017

Nota de liberdade

Uma nota de liberdade

Como uma musica tema assim sigo a vida
Entre acordos passageiros levo a sigla infinita
Que busca acordes de liberdade
nesta vida tão bandida.

Ha quem diga que sou inquieta
E que arrasto muitas vidas
Mas sou menina moleca
Que corre pra ser erguida.

Tudo vira um grande brincadeira
De gira gira de menina
Mas a vida é passageira
E muda o centro dessa menina

Muita saudade nessa música
De gente que já foi querida
Mas despeço com tristeza
é só mais um novo voo menina.

O coro é sempre difícil
Pois renuncia os acordes meninas
Para entrar na bossa nova
Que não efácil ser sentida

Entre a fé a certeza
Cresce a liberdade não compreendida
Mas sou menina grande passageira 
Que confia na sinfonia

Ao amor deixo  uma porta
Pois me atrevo e sou exibida
mas não ache que sou escrava
Desta coisa que e finita.

O tempo sempre ganha força
Pois  respeito com dedicação 
Não o gasto com  qualquer coisa
Nem que seja um tipão 


A morte tenho um acordo
Pois isso sim  é  fim certo
Traz um novo renascimento
Mas não a quero agora perto.


E aqui se vai a ultima estrofe
Com notas de despedida da  antiga,
Só renasce quem se joga 
Neste mistério da vida, menina.

DNA
Daíse Nascimento do Amaral
16/04/2017

Lisboa /Portugal