segunda-feira, 10 de outubro de 2016

covil

Covil

Num beco acordo
Entre negativas e abusos
E exploração das possibilidades 
Com interesses de umbigo.

A cada hora 
O mesmo beco
Sem sair e nada receber
Só sensações de obrigação.

São pessoas e coisas que passam e carregam 
Seus sonhos, seu trabalho, sua força 
É tudo no  interesse
Interesses de umbigo.

Outras mais claras  outros mais ardilosos
Mas todos com caminho
O sugar e nada dar
Interesses de umbigo.

Neste beco não saio
E vou enterrando sonhos
Regando com lágrimas 
De esperanças cansadas
Cansadas destes tais Umbigos.!

Dna 21h42
10/10/2016

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Círculo

Círculo

Sensação estranha
Essa de ficar imóvel
Só observando
O tempo, as ações , as pessoas.

Quanto mais tempo passa
Menos se conhece
As pessoas, as ações , o tempo.

Da poltrona para a cama
Da cama para a varanda
E tudo numa lentidão vazia
De observar o tempo, as ações e as pessoas.

A cada fim um  inicio
De um círculo vicioso
Onde o fazer é constante
Mas nunca se conhece
As pessoas, as ações e o tempo.

Novas viradas, novos ares
Novas cadeiras, luzes e copos
Mas tem um fundo constante
E nada se muda no tempo, nas ações e nas pessoas.

É tudo velozmente estático
É tudo sufocadamente repetido
É tudo infelizmente igual
Nesse tal de tempo, nessas ações e nessas pessoas.

E assim, o cenário muda
Mas na verdade nada muda
No tempo, nas ações e nas pessoas.

Daíse Nascimento Amaral
DNA

03/10/2016